Celebrando meio século de atuação do Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT (MACP), a exposição “Memória Biocultural (narrativas e resistências em 50 anos do MACP/UFMT)” propõe um mergulho sensível e crítico nas narrativas artísticas que compõem o acervo do museu, articulando memórias individuais e coletivas sob a ótica da Etnobiologia. A mostra reúne cerca de 88 obras de cinquenta artistas, incluindo uma nova aquisição da artista indígena Kaya Agari, e está dividida em três grandes núcleos temáticos: manifestos sociais, memória biocultural e emergência climática, com subtemas que abordam desde os direitos humanos até o desmatamento e os modos de vida tradicionais. Resultado de um processo curatorial colaborativo, com consultoria da profª. Dra. Fernanda Pitta (MAC/USP), a exposição é uma das ações da gestão 2024/2028 da UFMT, por meio da Procev (Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência), reafirmando o compromisso institucional com a valorização da cultura. A curadoria geral é assinada pela profª. Dra. Ruth Albernaz, artista-bióloga e pesquisadora em Etnobiologia, quem fará a mediação na visita guiada para a Virada Sustentável. Com um projeto expográfico que dialoga com as paisagens e cores do Cerrado, da Amazônia e do Pantanal, e inspirado na identidade visual da UFMT, Memória Biocultural também integra poemas de autores mato-grossenses e ativações educativas sob a metáfora “Quebrar a Dormência”, convidando o público a repensar suas relações com o ambiente, a arte e a memória. A exposição é um convite à resistência frente à amnésia cultural, reafirmando a arte como força vital de transformação e consciência coletiva. Na ocasião da visita guiada, serão apresentadas discussões sobre a forma como a exposição está montada, bem como reflexões sobre obras escolhidas para esta e a relação entre elas. A exposição contribui para entender as narrativas e resistências do museu em seus anos de existência.