Troca de experiências, reflexões sobre a fervura global e arte impactante em todas as regiões da cidade marcaram a 13ª Virada Sustentável em São Paulo

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Em oito dias de programação, cidade recebeu mais de 800 atividades gratuitas em diversos formatos como teatro, música, shows, exposições e intervenções artísticas;

Instalação Eggcident, com ovos fritos no chão da praça do Teatro B32, chamou a atenção dos passantes para o aquecimento do planeta e imagens rodaram o mundo;

Fórum Virada Sustentável, com participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do indiano Rajendra Singh, entre outros, promoveu o reencontro entre pessoas apaixonadas pelo tema da sustentabilidade e engajou empresas e a sociedade civil por um futuro mais resiliente;

Pauta indígena e Amazônia estiveram presentes nos debates e reflexões, além de programação artística trazida pela VS 2023;

Mais de 40 mil pessoas participaram das atividades e ações nos parques Villa-Lobos e Augusta, escolas, equipamentos de cultura e outros espaços públicos da cidade nos dias de festival, atingindo mais de 600 mil pessoas na capital;

Orquestra Mundana Refugi fez concerto com a participação especial de Adriana Calcanhoto, no encerramento da programação deste ano.

 

Instalação Eggcident | Crédito: Eduardo Baum

São Paulo, setembro de 2023 — Ao longo dos últimos oito dias, a população da cidade de São Paulo foi convidada a participar das mais de 800 atividades e ações gratuitas promovidas pelo maior festival de sustentabilidade do país, a Virada Sustentável 2023, realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e diversas outras instituições.

Nesta 13ª edição, além de reunir ciência e arte para apresentar o tema da sustentabilidade de forma criativa e atraente para o público, as ações da VS 2023 também alimentaram um importante debate sobre a fervura global, tema que tomou conta do noticiário nacional devido às altas temperaturas registradas ao longo deste ano e, principalmente, nos últimos dias, em cidades de todo o país.

A instalação Eggcident, do artista holandês Henk Hosftra, simulou grandes ovos fritos para a praça do Teatro B32, localizada na Avenida Faria Lima, novo polo financeiro da capital paulista.

O calor de mais de 35 graus centígrados, com sensação térmica muito maior percebida durante os últimos dias pela população, gerou ainda mais reflexões a respeito do aquecimento global e do aumento da temperatura em grandes capitais.

Nos dias 16 e 17, as manchetes dos sonhos de mais de 50 organizações da sociedade civil foram projetadas em três empenas de prédios na região da Avenida Paulista e no Minhocão, como parte da campanha Um olhar para 2030. Por exemplo, "Educação pública brasileira reduz desigualdades e vira referência mundial", criada pelo Todos Pela Educação, além das notícias fictícias criadas por organizações como Unicef, Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Think Olga, Instituto Akatu, SOS Mata Atlântica, Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Greenpeace Brasil, Instituto Água e Saneamento, Sesc SP, Menos1Lixo, Mercy For Animals Brasil, Oxfam Brasil, Instituto Alana, Museu da Diversidade Sexual, Instituto Igarapé, entre outros, participaram da ação.

Projeção da manchete criada pela organização Todos pela Educação para a campanha Um olhar para 2030 - Foto: Ricardo Lisboa

No mesmo eixo da Avenida Paulista e no Minhocão, o público pôde visualizar a projeção da obra Terra, Território, Mãe da artista Sitah, inspirada na Marcha das Mulheres Indígenas de 2023, e a série de fotos Pamurimasa - Os Espíritos da Transformação, do cinegrafista e fotógrafo indígena Paulo Desana.

 


Projeção da obra Terra, Território, Mãe da artista Sitah na Avenida Paulista - Foto: Ricardo Lisboa


Projeção da obra Pamurimasa do fotógrafo indígena Paulo Desana no Minhocão - Foto: Ricardo Lisboa

Na Avenida Paulista, ganharam destaque as exposições Liberdade, Igualdade e Justiça, do artista peruano Ivan Ciro Palomino, criada para celebrar os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, realizada em parceria com a ONU e montada no canteiro central da avenida; a obra Cinzas da Floresta, com as reproduções de obras pintadas com tinta feita das cinzas coletadas pelo artista Mundano e exibida na estação Trianon- Masp do Metrô de São Paulo; e o espetáculo de dança vertical da Cia. Base, na Rua da Consolação, que encantou o público nas paredes externas do Cine Belas Artes.

Na estação Sacomã do Metrô de São Paulo, a instalação artística ONDA foi um lembrete visual com uma abordagem lúdica, sobre o desafio que é reduzir as toneladas de resíduos plásticos que acabam nos oceanos todos os anos.

Instalação ONDA exposta na estação Sacomã do Metrô | Foto: Ricardo Lisboa
Instalação ONDA exposta na estação Sacomã do Metrô | Foto: Ricardo Lisboa

A pauta indígena esteve presente nas atividades propostas no Parque Augusta, onde aconteceu a apresentação da dança indígena Toré, feita por indígenas da etnia Wassu Cocal, naturais de Alagoas e que residem atualmente na Aldeia Wassu dentro da Reserva Indígena Multiétnica Filhos desta Terra Aldeia, em Guarulhos.

Indígenas Wassu Cocal para apresentação da dança indígena Toré no Parque Augusta - Foto: Beni Blanquez
Indígenas Wassu Cocal para apresentação da dança indígena Toré no Parque Augusta - Foto: Beni Blanquez

O público do parque também acompanhou atrações infantis, como a apresentação do brinquedo musical traca-traca pela Trupe PlimPlim, o espetáculo teatral Mundo Sonha Mundo e contação de histórias com imigrantes.

Trupe Plim Plim durante apresentação musical Traca-Traca no Parque Augusta - Foto: Beni Blasquez Trupe Plim Plim durante apresentação musical Traca-Traca no Parque Augusta - Foto: Beni Blasquez

Grupo Teatro de Sobras durante apresentação Mundo Sonha Mundo no Parque Augusta - Foto: Beni Blasquez Grupo Teatro de Sobras durante apresentação Mundo Sonha Mundo no Parque Augusta - Foto: Beni Blasquez

Contação de histórias por imigrantes com Oula Al-Saghir da Palestina no Parque Augusta - Foto: Beni Blasquez Contação de histórias por imigrantes com Oula Al-Saghir da Palestina no Parque Augusta - Foto: Beni Blasquez

No Parque Villa-Lobos, a programação artística da Virada incluiu apresentação da premiada Companhia Pia Fraus, o bloco carnavalesco A Espetacular Charanga do França, e o espetáculo de Gê de Lima.

Com grande impacto visual, o parque recebeu a Exposição ODS, cujas peças superdimensionadas em triedros representaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, e a instalação Robôs Futurísticos - o esquadrão tecnológico do futuro sustentável, com três robôs de cinco metros de altura, feitos de material reciclável.

Robôs futurístico instalado no Parque Villa-Lobos durante a VS 2023 - Foto: Emanuela Fernandes Robôs futurístico instalado no Parque Villa-Lobos durante a VS 2023 - Foto: Emanuela Fernandes

Encerramento

O Parque Villa-Lobos também foi palco para o encerramento da Virada Sustentável 2023, com o concerto da Orquestra Mundana Refugi, composta por músicos imigrantes e refugiados, e participação especial da cantora e compositora Adriana Calcanhoto. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), agência da ONU que atua na proteção dos direitos das pessoas em situação de refúgio, também esteve na apresentação final.

Além dos parques, houve atividades nos 56 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da Prefeitura de São Paulo, em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e unidades de Assistência Médica Especializadas (AMAs) espalhadas pela cidade, por meio da Escola de Saúde (Cejam), em espaços que fazem parte dos equipamentos públicos geridos pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. A programação se estendeu, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, a locais como bibliotecas, casas de cultura, centros culturais e teatros.

Unidades do Sesc São Paulo, o Goethe - Institut e o Planetário Municipal do Carmo também discutiram a sustentabilidade nas atividades propostas ao longo dos dias de VS 2023.

No Dia do Tietê, celebrado em 22 de setembro, uma intervenção urbana de impacto integrou a programação da Virada. A obra Palavras que Salvam, do artista Eduardo Srur em parceria com o Governo de São Paulo, foi realizada nas margens de concreto do Rio Tietê, entregando à cidade a maior exposição visual a céu aberto. O início da pintura do talude se deu com a palavra Tietê, que na língua tupi significa “rio verdadeiro”. A produção da obra seguirá até novembro.


Obra Palavras que Salvam nas margens de concreto do Rio Tietê, durante a Virada Sustentável 2023 - Foto: Eduardo Srur

 

Fórum Virada Sustentável

O Fórum Virada Sustentável se consolidou nesta edição da Virada Sustentável como um importante espaço de escuta, troca de experiências e vivências, e de reconexão com a pauta da sustentabilidade, para pessoas e empresas que já realizam trabalhos em prol de um futuro sustentável, e para aqueles que ainda não atuam neste segmento, mas que perceberam este chamado para ajudar a pensar um amanhã mais consciente e resiliente.

Segundo o realizador da Virada Sustentável, André Palhano, “todos os que estiveram nesta edição do Fórum, sem dúvida o melhor que já fizemos, saíram de lá mais informados e motivados a reforçar essa extensa rede de transformação pelas causas e desafios que nos movem”, afirma.

Público durante o Fórum Virada Sustentável no Unibes Cultural - Foto: Aterro Filmes
Público durante o Fórum Virada Sustentável no Unibes Cultural - Foto: Aterro Filmes

Os grandes destaques do Fórum este ano foram: a participação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, junto com o fundador da organização ambiental Tarun Bharat Sangh, Rajendra Singh, com mediação de Marussia Whately.

Na mesa, Marina Silva celebrou com os participantes da palestra, que lotaram o teatro da Unibes Cultural no dia 22, a derrubada da tese do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF), uma importante conquista para a pauta indígena no Brasil.

Da esquerda para direita, a arquiteta e urbanista especialista em recursos hídricos e meio ambiente,Marussia Whately, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o “homem da água da Índia”, Rajendra Singh, durante Fórum Virada Sustentável no Unibes Cultural - Foto: Aterro Filmes  Da esquerda para direita, a arquiteta e urbanista especialista em recursos hídricos e meio ambiente,Marussia Whately, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o “homem da água da Índia”, Rajendra Singh, durante Fórum Virada Sustentável no Unibes Cultural - Foto: Aterro Filmes 

Com participação de diversos especialistas e autoridades, o Fórum contou com 26 painéis acontecendo simultaneamente em três ambientes: teatro, auditório e lounge da Unibes Cultural, com discussões sobre Eco-ansiedade, Educação ambiental e educação climática, Inclusão e acessibilidade: o que a ONU recomenda para os parques em áreas urbanas, entre outros temas.

Outro destaque deste ano foi a Ocupação 9 de Julho como um espaço importante para a primeira etapa da programação, recebendo painéis sobre narrativas pretas e periféricas nos espaços de destaque ocupados por marcas, produtos e serviços no Brasil; Juventudes dentro da crise climática e Urbanismo social: a implantação e os impactos na cidade;

 

Programação de bem-estar

As atividades de bem-estar individual e coletivo, e de reconexão com a natureza, com música, meditação, ioga, oficinas de aromaterapia, trilha da árvore e ações sociais, também integraram a robusta programação da VS 2023, nos parques Villa-Lobos, Augusta, Espaço Eywa e no Club Homs.

Para Mariana Amaral, cofundadora da Virada, “já estamos pensando na próxima Virada em São Paulo com uma programação ainda mais recheada de boas experiências, alinhadas a essa conexão com a natureza e com nossas raízes”, finaliza.

Veja mais fotos de como foi a Virada Sustentável 2023, clicando aqui.

 

Virada Sustentável fora de São Paulo

Este ano, haverá também a VS Amazônia: a capital paraense, Belém, recebe pela primeira vez uma edição desse evento, marcado para 23 a 26 de novembro. E em Manaus, onde a Virada chega à sua décima primeira edição, o festival ocorrerá nos dias 4 e 5 de novembro.

 

Sobre a Virada Sustentável:

A Virada Sustentável é o maior festival de sustentabilidade do Brasil. Envolve articulação e participação direta de organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas e universidades. Tem como objetivo apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população, gerando reflexão e discussões a fim de promover um futuro sustentável e reforçando as redes de transformação e impacto social existentes.

A Virada Sustentável São Paulo 2023 é apresentada pela Lei de Incentivo à Cultura e pela Gerdau, com realização Virada Sustentável e Ministério da Cultura - Governo Federal. Tem patrocínio de Nubank, Colgate, Liberty Seguros e Sabesp, copatrocínio de Ball e Novelis, e apoio das empresas Valgroup, Iconic e Electrolux Group. Além da realização em parceria com a Nações Unidas Brasil, correalização com a Prefeitura de São Paulo, e demais parceiros como Senac, Sesc, Metrô, SP Regula e Goethe Institut. Promoção e Mídia, Globo, Eletromidia e JCDecaux. 

A programação completa pode ser acompanhada nos seguintes canais:

Site | Instagram | Facebook e Youtube

 

Agência Lema

Leandro Matulja/ Letícia Zioni/Guilherme Maia

  • agencialema.com.br

Informações para imprensa 

Carolina Bressane (11) 99234 4570

Priscila Rosa (11) 96959 2749

Bionda Larizza (11) 94444 2134

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